"A invenção da imprensa é o maior acontecimento da história. É a revolução mãe... é o pensamento humano que larga uma forma e veste outra... é a completa e definitiva mudança de pele dessa serpente diabólica, que, desde Adão, representa a inteligência."
Victor Hugo, Nossa Senhora de Paris, 1831
Composta por catedrais, igrejas, capelas, mosteiros, conventos e os mais diversos tipos de retiro, era tal galáxia habitada por milhares de padres e freiras, organizados em ordens santas espalhadas por quase toda a Europa, ao redor de quem flutuava uma poeira cósmica de peregrinos, penitentes e pecadores de todos os tipos. Sustentada pelos dízimos - a primeira lei da gravidade do mundo religioso - e pela fé das gentes, a Galáxia Teológica, depois de um império de mais de mil anos, estava com seus dias contados. E tudo por causa daquele invento. Era o púlpito e o sermão, o manuscrito do monge, que recuavam assustados com o produto do prelo de Gutemberg. Foi assim que Victor Hugo registrou na novela Nossa Senhora de Paris, de 1831, o hipotético impacto da introdução do novo engenho entre a gente letrada da época.
Disponível em
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/gutemberg.htm
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